quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Peter Cohen - Arquitetura da Destruição (Undergånges arkitektur) - 1989



Arquitetura da Destruição Arquitetura da Destruição Poster-




Enviado por  em 20/10/2011
Architecture of Doom Nazism.
All rights reserverd to there respective owners.

An absorbing and chilling documentary about the National Socialist aesthetic, and how attempts to create the Aryan Ideal caused the extermination of millions. Aspects covered include: Hitler's epiphany while viewing Wagner's opera 'Rienzi', the rise of the homo-erotic Grecian/Nordic ideal, the parallels drawn between the 'degenerate' art of the cubists and dadaists and the mentally ill/physically deformed, the Nazi obsession with purity and cleanliness, and, finally, the descent of the Jewish people to the level of a virus/vermin. Written by Dawn M. Barclift (IMDb)
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Nos minutos iniciais do filme, é apresentada a missão assumida pelos nazistas de "purificar" a terra alemã dos males que a assolavam, definindo aquilo que os nazistas chamaram de "corpo do povo da Alemanha". Com esse discurso, os nazistas passaram a perseguir diversos grupos da sociedade, principalmente as pessoas com deficiências e os judeus, tratando-os como se fossem bactérias ou vírus, - um verdadeiro câncer a ser contido e removido da sociedade alemã. A medicina alemã deveria trabalhar em prol desse corpo do povo, e não em prol do indivíduo, e nesse sentido diversos médicos acabaram se tornando filiados ao Partido Nacional Socialista Alemão a fim de conseguirem subir na carreira. Contudo, esse discurso “higienista” acaba sendo incorporado a uma questão de ordem estética, fundindo de certa maneira padrões de beleza (a “grande arte” idealizada por Hitler, que via na Antigüidade Clássica e na obra de Richard Wagner o ápice da manifestação artística humana; sendo bastante influenciado pelo romantismo alemão da segunda metade do século XIX) com questões de ordem médica. Como exemplo disso, temos o rebaixamento da arte moderna, dentro da lógica totalitária nazista, para uma chamada "arte degenerada". Hitler chega até mesmo a elaborar duas exposições de arte, uma divulgando a "arte sadia", condizente com suas concepções estéticas da raça ariana, e outra exposição, desta vez da "arte degenerada", mostrando ao povo alemão como era a arte que eles não deveriam apreciar. Chegou-se ao ponto de comparar diversas obras modernistas com fotos de casos de deformação congênita, retiradas de revistas médicas da época.
Retomando o discurso estético e biológico dos nazistas, os manicômios são apresentados durante o documentário como uma subversão da ordem natural, uma vez que enquanto o "povo alemão" vivia em condições paupérrimas, pessoas doentes, loucos e toda ordem de enfermos viviam cercadas de luxo e beleza que elas nem mesmo seriam capazes de contemplar. Dentro dessa mesma lógica, já no meio do documentário, é apresentado o filme nazista intitulado Vítimas do Passado (1937), onde a intenção é também a de "biologizar" o discurso nazista, que defendia a eugenia através da prática da "eutanásia", termo não adequadamente empregado, uma vez que era realizada sem o consentimento do enfermo ou de sua família. "Na natureza, tudo o que não é adequado perece"; - diz o documentário nazista, induzindo os telespectadores a adotarem a mesma lógica para a sociedade na qual eles viviam, onde os mais aptos deveriam ser recompensados e os menos aptos exterminados.
A prática da eugenia nazista, de acordo com o documentário de Cohen, teria começado com a esterilização de doentes e passado então para morte de crianças com algum tipo de má formação, passando num próximo momento, já no fim da Segunda Guerra, para o extermínio de judeus na chamada “solução final”. Essa prática de matar não apenas judeus "estrangeiros", mas também as próprias crianças e soldados alemães considerados inaptos, vai ao encontro do que afirma Hannah Arendt, para quem o totalitarismo seria uma forma de domínio inovadora, uma vez não se limitaria a destruir as capacidades políticas do ser humano, isolando-o em relação à vida pública, como faziam as velhas tiranias e os velhos despotismos, mas tenderia a destruir os próprios grupos e instituições que formam o tecido das relações privadas do homem, tornando-o estranho assim ao mundo e privando-o até de seu próprio eu.
A narrativa do documentário é feita por vezes de modo irônico, tratando Adolf Hitler como uma pessoa frustrada, "limitada intelectualmente" e cujos projetos por vezes eram por vezes de "resultados amadorísticos". Logo no início Peter Cohen apresenta Hitler como um arquiteto e pintor frustrado por sua não-admissão na Academia de Artes de Viena, criando uma subseqüente obsessão pela Antiguidade Clássica, Richard Wagner e Linz, sua cidade natal.
The film explores the obsession Adolf Hitler had with his own particular vision of what was and was not aesthetically acceptable and how he applied these notions while running the Third Reich. His obsession with art he considered pure, in opposition to the supposedly degenerate avant-garde works by Jewish andSoviet artists, reveals itself to be deeply connected to Hitler's equally subjective and strict ideal of physical beauty and health.
Hitler is shown as an amateur architect who spends a lot of time planning designs of new buildings for the Reich and acquiring paintings and sculptures that reinforce his vision. At one point in the film, Cohen questions Hitler's grasp of reality. (Wikipedia)
 

Director: 

Peter Cohen

Writer: 

Peter Cohen

Stars:

 Rolf ArseniusBruno Ganz and Sam Gray 

Cast

Credited cast:
Rolf ArseniusRolf Arsenius...
Narrator (original version) (voice)
Bruno GanzBruno Ganz...
Narrator (German, subtitled English versions) (voice)
Sam GraySam Gray...
Narrator (dubbed English version)
Rest of cast listed alphabetically:
Martin BormannMartin Bormann...
Himself (archive footage)
Karl BrandtKarl Brandt...
Himself (archive footage) (as Dr. Karl Brandt)
Arno BrekerArno Breker...
Himself (archive footage)
Hermann GieslerHermann Giesler...
Himself (archive footage)
Josef GoebbelsJosef Goebbels...
Himself (archive footage)
Heinrich HimmlerHeinrich Himmler...
Himself (archive footage)
Adolf HitlerAdolf Hitler...
Himself (archive footage)
Wilhelm KeitelWilhelm Keitel...
Himself (archive footage)
Viktor LutzeViktor Lutze...
Himself (archive footage)
Jeanne MoreauJeanne Moreau...
Narrator (French version) (voice)
Alfred RosenbergAlfred Rosenberg...
Himself (archive footage)
Hans Schmidt-IsserstedtHans Schmidt-Isserstedt...
Himself (archive footage)