segunda-feira, 11 de junho de 2012

Jose Pozo - Donkey Xote - 2007

banda sonora - castelhano
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Publicado em 21/04/2012 por 


Produzido pela Espanha e Itália e com a direção de Jose Pozo ("El Cid, The Legend"), o longa-metragem de animação conta a história de Rucio, que, cansado da pacata vida que todos parecem levar em La Mancha, não hesita nem um segundo quando surge a oportunidade de viver uma grande aventura.
O Cavaleiro da Meia-Lua desafiou Dom Quixote para um duelo sem precedentes. Agora só falta convencer Rocinante, um cavalo muito folgado que prefere muita sombra e água fresca a sair galopando pelas planície de Castela. Mas esses aventureiros vão enfrentar muitos perigos nessa jornada, principalmente o misterioso cavaleiro Sinister.
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MUNDO ANIMADO


SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009


Cinema: Donkey Xote


Depois que Pixar, Disney e DreamWorks provaram ao planeta que o segmento de longa metragens em animação pode ser extremamente lucrativo, todo mundo saiu a campo para tentar tirar sua casquinha. É o caso, por exemplo, da produtora italiana Lumiq e das espanholas Bren e Filmax, que uniram suas forças para realizar Donkey Xote, uma sátira ao clássico Don Quixote, de Miguel de Cervantes.


Aqui, a história é contada sob o ponto de vista de Rucio, o burrico de Sancho Pança. Ele, ao lado do “colega” Rocinante (o cavalo de Don Quixote) e seus respectivos donos, acabam se metendo em novas aventuras, depois que o sempre obsessivo Don Quixote resolve novamente ir à procura de sua misteriosa amada Dulcinéia. A ação se passa num momento em que Quixote já está praticamente aposentado e que – por causa de sua fama difundida nos livros de Cervantes – todos os cavaleiros querem ser igual a ele.

O grande problema – como quase sempre acontece nas novas animações - é o roteiro. Ou a falta dele. Com a crescente queda nos preços de hardwares e softwares, atualmente não é mais nenhum bicho-de-sete-cabeças realizar uma animação de boa qualidade técnica. E, neste aspecto, Doneky Xote é bastante satisfatório, com belos traços, personagens carismáticos e boa movimentação. Há até cenários inspirados no grande pintor espanhol Francisco de Goya.

Mas se a técnica anda cada vez mais apurada, não há dinheiro que compre um roteiro genial, coisa que ultimamente parece ser prerrogativa “exclusiva” da Pixar. Sonolenta, a trama do animado é confusa, sem emoção e, pior, não faz rir. Nem adultos nem crianças. Falta a grande idéia, a jogada genial, o inusitado. Diante de uma história tão desinteressante, fica até menor o fato do personagem principal ser quase uma cópia deslavada do Burro da DreamWorks, o amigo do Shrek. E de haver um leão que é quase igualzinho a Scar, o tio do Rei Leão, da Disney... Se pelo menos o roteiro de Donkey Xote “imitasse” um pouquinho também as belíssimas tramas da Pixar, tais pecados seriam melhor perdoados.

(celso sabadin*)

* o multimídia e querido amigo celso sabadin é autor do livro autor do livro vocês ainda não ouviram nada – a barulhenta história do cinema mudo e jornalista especializado em crítica cinematográfica desde 1980. atualmente, dirige oplaneta tela (um espaço cultural que promove cursos, palestras e mostras de cinema) e é crítico de cinema da TV gazeta e da rádio bandeirantes.

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